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Item Contribuição do pensamento de Paulo Freire para o paradigma curricular crítico-emancipatório(Revista Pro-Posições, 2014) Menezes, Marilia Gabriela de; Santiago, Maria ElieteFilósofos, educadores e curriculistas, comprometidos com o paradigma da educação emancipatória de vários países, compartilham a ideia de que o pensamento de Paulo Freire está sempre em movimento e dialoga com diferentes questões contemporâneas, assim como traz elementos norteadores para a construção da teoria curricular crítica e eticamente empenhada na humanização dos sujeitos. Nessa direção, o presente artigo analisa os elementos que configuram a proposta educacional libertadora e o diálogo como uma das categorias fundantes do pensar freireano para tratar das questões sobre o currículo na perspectiva crítico-emancipatória. A pesquisa privilegia a abordagem de natureza qualitativa e elege, como procedimento investigativo, o estudo bibliográfico. Para a análise dos dados, toma como referência a técnica de Análise Temática na perspectiva de Laurence Bardin.Item A globalização e a construção de uma pedagogia emancipatória-inclusiva(VI Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2008-09) Marques, Carlos Alberto; Coelho, Edgar Pereira; Romualdo, Anderson dos Santos; Silva, Camila Josefina da; Silva, Raquel Gonzalez Monteiro da; Pereira, Brênia Lúcia Guimarães LotiO processo de globalização tem suscitado uma série de questionamentos sobre seus impactos em todos os setores da atividade humana, e muito particularmente no setor educacional. O movimento freiriano vem assumindo, em todo o mundo, uma ampla discussão sobre esta polêmica questão. Por intermédio dessa movimentação, buscamos romper com as práticas pedagógicas oriundas dos velhos paradigmas, ainda fortemente presentes nos dias de hoje. Assim, adentrando os portões das escolas, bem como em seu escopo metodológico-pedagógico, percebemos o quão anacrônicos têm sido alguns de seus feitos e efeitos perante a sociedade. Para redimensionar nosso olhar, defendemos a emancipação de homens e mulheres, a ser alcançada se as escolas assumirem, de fato, a sua vocação ontológica como sujeitos da história. É a partir destes princípios que baseamos nosso estudo, refletindo sobre uma educação emancipadora e includente, uma educação libertadora, ou seja, uma educação utópica no sentido freiriano a partir do inédito viável, de um sonho humanizante possível.Item Educação emancipação das trabalhadoras domésticas baianas: para muito além da cozinha(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Alves, Francisca ElenirEste trabalho visa discutir algumas reflexões apresentadas na tese de doutorado realizada em 2013, bem como o resultado de um trabalho que como educadora/pesquisadora e feminista, venho nos últimos doze anos acompanhando o processo de organização político e sindical das trabalhadoras domésticas brasileiras, especificamente as baianas, a luta pela igualdade de direitos em relação a outras categorias de trabalhadores e seu protagonismo na busca pela escolarização, junto ao Governo Federal.Item Paulo Freire e a cultura caiçara: a amorosidade no “cerco de saberes”(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Yamasaki, Alice Akemi; Souza, Vanessa Marcondes de; Monge, Ricardo “Papu” MartinsO projeto “Cerco de Saberes: construindo a Escola da praia de Martim de Sá” é destinado à promoção de atividades diversificadas que contribuam com o processo de alfabetização e de letramento de crianças e adolescentes caiçaras. A comunidade escolhida é a que habita, há várias gerações, o território correspondente à Reserva Ecológica da Juatinga, localizada em Paraty, RJ, Brasil. Apresenta o relato da experiência sobre um projeto de extensão universitária que busca valorizar os saberes caiçaras e promover a emancipação frente a diferenciados movimentos excludentes que tornam essas comunidades tradicionais brasileiras vulneráveis e excluídas do atual modelo de desenvolvimento social. Com a preocupação de atender à demanda apresentada pela comunidade caiçara no desenvolvimento de um currículo diferenciado, inclui círculos de cultura de processos alfabetizadores e de letramento. As atividades da Escola da Praia de Martin de Sá envolvem interação dialógica entre educadores e educandos caiçaras, incluindo atividades de leitura de mundo, produção escrita e pesquisas em campo. O processo de alfabetização apoia-se na valorização da identidade caiçara, a começar da reflexão sobre o nome das crianças e suas famílias e do reconhecimento da diversidade ecológica do lugar que habitam há gerações; o letramento desenvolve-se a partir do fortalecimento da leitura de mundo caiçara, estimulando a escrita a partir dos saberes sobre o mar e a natureza apresentados pelas crianças. Entre outros elementos, destacamos a amorosidade entre caiçaras, educadores e educandos como fator essencial para mobilização da equipe e colaboradores no enfrentamento às adversidades que vem impedindo a instalação de uma escola oficial.Item Rompendo com a massificação das práticas de ensino – um olhar esperançoso para os educandos com autismo(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Silva, Virgínia; Cunha, Roseane; Nascimento, Ana Bárbara da Silva; Orrú, Sílvia Ester; Sá, Ana Luiza de FrançaO trabalho insere-se na modalidade reflexão teórica no Eixo Temático 1: A educação que emancipa frente às injustiças, desigualdades e vulnerabilidades. Apresenta a problemática da atuação docente em uma escola de Brasília - Brasil junto aos estudantes com autismo com base na Pedagogia de Paulo Freire (2013a, 2013b, 2014) e González Rey (2005, 2012). Os estudantes com autismo, assim como as pessoas com deficiência, estão no grupo de pessoas consideradas improdutivas dentro da organização da sociedade capitalista. Este grupo de pessoas está vulnerável nos sistemas educacionais por estarem vivenciando os efeitos iatrogênicos da medicina em seu cotidiano de aprendizagem que vem imprimindo práticas docentes condicionantes, modeladoras de comportamento e massificadoras nos contextos escolares. O que tem deixado, esses estudantes, à margem de uma emancipação na participação desse processo. O professor, imerso na sociedade medicalizada, vem contribuindo para a posição vulnerável desses estudantes através de práticas pedagógicas não-reflexivas e colaboradoras da opressão a que esses estudantes são submetidos socialmente em função de um rótulo diagnóstico. A discussão caminha no sentido da compreensão de que o professor faz parte dessa realidade que torna o educando vulnerável, e precisa, ao refletir e agir sobre sua ação, estabelecer uma práxis que rompa com práticas pedagógicas opressoras e massificadoras.Item O dever de casa: uma prática na contramão da educação emancipadora(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Cunha, Roseane; Orrú, Sílvia Ester; Nascimento, Ana Bárbara da Silva; Sá, Ana Luiza de França; Silva, VirgíniaA presente proposta de trabalho inclui-se na modalidade de reflexão teórica no Eixo Temático 1: A educação que emancipa frente às injustiças, desigualdades e vulnerabilidades. A intenção é refletir sobre o instrumento pedagógico denominado dever de casa considerando que, no âmbito escolar, o seu uso é tão consensual que pouco se discute sobre sua recorrência diária e que tipo de aprendizagem produz. Propomos perguntar em que cenário surgiu, que concepções filosóficas o gestaram e para a construção de que tipo de indivíduo seu uso contribui e ainda, o impacto que a ingerência escolar produz no cenário familiar dos educandos. Neste contexto nos apropriamos dos pressupostos teóricos do educador Paulo Freire para fundamentar as análises realizadas sobre o perfil da maioria das organizações escolares instituída que referendam práticas educativas que legitimam treino, no lugar da reflexão, visando somente a memorização e a repetição mecânica dos conteúdos acadêmicos, apartando assim, desde o início da escolarização o educando das possibilidade de produção de aprendizagens dialogadas, que encoraje sua curiosidade e contribua para sua emancipação.Item Formação do aluno pesquisador por meio da extensão universitária: uma experiência emancipadora e transformadora(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Vercelli, Ligia de Carvalho Abões; Liberato, Amanda Maria FrancoO objeto da presente pesquisa foi a formação do aluno pesquisador. Teve por objetivo analisar a formação que o aluno pesquisador recebeu por meio da extensão universitária ao participar do Projeto Ler e Escrever desenvolvido por uma universidade privada localizada na zona oeste da cidade de São Paulo/Brasil. Os sujeitos da pesquisa foram seis alunos pesquisadores que, à época da pesquisa, cursavam Pedagogia. Tal instituição é parceira do Programa Ler e Escrever - Bolsa Alfabetização do Governo do Estado de São Paulo/Brasil. Utilizou-se metodologia de cunho qualitativo cujo instrumento de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. Concluiu-se que a formação dos alunos pesquisadores tal como é direcionada pelos formadores dessa universidade vai ao encontro de uma educação emancipadora e transformadora, pois possibilita ao futuro professor questionar a realidade e propor mudanças articulando, assim, teoria e prática, portanto, trata-se de uma atividade de extensão entendida como comunicação. Além disso, buscou-se, nesses encontros, provocar que os alunos pesquisadores pudessem refletir sobre as injustiças e desigualdades encontradas no cotidiano escolar para que, futuramente, possam, a partir de suas ações, atuar de forma a minimizá-las.Item A boniteza do olhar infantil na perspectiva emancipadora: ensinar e aprender em diálogo com os saberes das crianças(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Padilha, Aparecida ArraisEste artigo apresenta uma experiência em Educação Infantil desenvolvida em escola da Rede Municipal de Educação de São Paulo, Brasil, intitulada “Luz e Sombras como recurso pedagógico”. Mostra a importância, na ação docente emancipadora, do diálogo com os saberes das crianças utilizando diferentes linguagens artístico-culturais e a ludicidade. Relata uma prática que teve como objetivo explorar novos espaços e tempos, criativos e lúdicos, para que as crianças pudessem se expressar com mais alegria, liberdade e criatividade, a partir da observação da luz e da sombra, o que envolveu também pais, familiares e outros educadores. A principal descoberta aqui registrada é o fato de que todos os sujeitos envolvidos trabalharam de forma participativa, colaborativa e crítica, ressignificando suas próprias práticas e abrindo-se a novas aprendizagens.Item Filosofia da libertação: contribuições de Paulo Freire e de Enrique Dussel para uma educação emancipadora(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Severino, Antônio JoaquimEste ensaio, de cunho teórico, tem por objetivo desenvolver uma breve reflexão explicitando as contribuições pioneiras dos pensamentos de Paulo Freire e Enrique Dussel para a constituição original de uma concepção sistematizada da educação como mediação fundamental do processo de emancipação humana. Destaca-se assim convergências básicas entre as filosofias dos dois pensadores, sem prejuizo das especificidades de cada uma. Ressaltando o pioneirismo dos mesmos, enfatiza, de um lado, a perspectiva predominantemente teórica do pensamento de Dussel e, de outro, a perspectiva mais praxista do pensamento de Paulo Freire. Em ambos os casos, afirma-se a busca sistemática por parte destes autores, pela prática da filosofia como expressão de uma logosfera identificada com a regionalidade latinoamericana, fundamentalmente marcada por uma condição de opressão material e espiritual, acenando então na direção de uma postura intercultural para a atividade autêntica do filosofar.Item Teoria da dialogicidade de Paulo Freire: a educação bancária na era dos transtornos de aprendizagem(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Cunha, Roseane Paulo; Nascimento, Ana Bárbara da Silva; Orrú, Sílvia Ester; Sá, Ana Luiza de França; Silva, VirgíniaEste trabalho é um estudo inicial acerca da subjetividade social de professores de uma escola pública de Brasília, Brasil. Esta proposta inclui-se na modalidade de reflexão teórica no eixo temático 1: A educação que emancipa frente às injustiças, desigualdades e vulnerabilidades. A recorrente emissão de laudos médicos/psicológicos de transtornos de aprendizagem suscitou uma reflexão teórica para além da culpabilização da pessoa que aprende. A partir da problematização da situação da escola contemporânea trazemos a hipótese de que a normatização das estratégias de aprendizagem por parte dos alunos, característica dos processos de institucionalização, não contribuem a emergência do sujeito que aprende. Para contribuir nesta discussão, trazemos os conceitos de diálogo e educação bancária a partir da obra de Paulo Freire que nos ajuda a compreender de que maneira a emissão de laudos médicos de transtornos de aprendizagem participam de uma educação que não valoriza o diálogo, o que ressalta a condição bancária do espaço escolar atual.