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    Paulo Freire e a Educação Popular no Brasil contemporâneo: Programa MOVA-SP (1989-1992)
    (Rev. Ed. Popular, 2013-01) Néspoli, José Henrique Singolano
    Entre 1989-1991, o educador Paulo Freire foi secretário municipal de educação da cidade de São Paulo, no governo da então petista Luiza Erundina. Em sua gestão, Paulo Freire procurou introduzir uma profunda mudança em relação à forma como se vinha gerindo a educação no país, para isso fundamentou sua administração em uma política de participação popular. Foi com base nestas concepções que surgiu o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos da cidade de São Paulo (MOVA-SP), um programa criado e mantido por uma aliança política e pedagógica entre os movimentos organizados da cidade de São Paulo e a administração municipal de Luiza Erundina. O projeto consistia em criar um movimento de educação popular que ultrapassasse o sentido das campanhas contra o analfabetismo, promovidas pelo Estado, tornando-se um movimento organizado e autônomo da sociedade civil, capaz de sobreviver às mudanças do poder institucional e continuar lutando pela educação básica. Este texto pretende refletir sobre a experiência do Programa MOVA-SP (1989-1992), procurando analisar as contribuições de Freire para a construção de uma educação transformadora no contexto do Brasil contemporâneo.
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    A contribuição do teatro para a educação popular nos CEUs: um olhar sobre o "programa recreio nas férias" no município de São Paulo (2001 - 2004)
    (UNINOVE, 2017-01-02) Voltas, Fernanda Quatorze
    Essa pesquisa propõe-se a investigar a contribuição do teatro na consolidação da proposta de educação popular assumida como base políticopedagógica para a concepção dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), projeto educacional de maior visibilidade da gestão da prefeita Marta Suplicy na ocasião de seu mandato entre os anos de 2001 e 2004 na cidade de São Paulo. Trabalha-se com a hipótese de que o teatro, assegurado nos CEUs por meio do Programa Recreio nas Férias, tem potencial de estimular a consciência crítica dos sujeitos, contribuindo para a construção da cidadania ativa, intencionalidades essas, que estão no bojo do conceito de educação popular. Os procedimentos de pesquisa incluirão análise de documentos produzidos na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, nas gestões Paulo Freire (1989-1992) e Marta Suplicy, entrevistas com grupos de teatro que participaram do Programa Recreio nas Férias e educadores envolvidos com o planejamento e desenvolvimento desse Programa. Espera-se que essa pesquisa sobre a ação educacional, desenvolvida no âmbito de uma administração pública, ao desvelar as possibilidades do teatro para a consolidação dos princípios da educação popular, aponte possíveis alternativas para as Secretarias da Educação, na definição de ações que promovam e fortaleçam o desenvolvimento da consciência crítica e da cidadania.
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    A proposta de política pública educacional no município de São Paulo: A (des)construção de uma escola pública popular, democrática e com qualidade
    (2017-01-02) Aguiar, Denise Regina Costa
    Este trabalho investiga os caminhos e descaminhos da implantação das políticas públicas educacionais na rede municipal de São Paulo, ao longo de várias administrações (1989 a 1992 – gestão da Luiza Erundina; 1993 a 1996; - gestão de Paulo Maluf; 1997 a 2000 – gestão de Celso Pitta; 2001 a 2004 – gestão Marta Suplicy; 2005 a 2008 – gestão de José Serra/ Gilberto Kassab; 2009 – gestão de Gilberto Kassab). O processo de construção de uma escola pública, popular e democrática, se efetivou, por meio de políticas públicas contraditórias, revelando, ora, propostas inclusivas, ora, excludentes, com intencionalidades, ora, democráticas e, ora, autoritárias, hegemônicas e contra-hegemônicas.
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    A construção da escola pública, popular e democrática, na gestão Paulo Freire, no município de São Paulo
    (XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino, 2012) Saul, Ana Maria
    Paulo Freire foi Secretário da Educação da cidade de São Paulo, na gestão da Prefeita Luiza Erundina de Sousa, do Partido dos Trabalhadores. Esse texto apresenta os pressupostos e características da política de educação da “gestão Paulo Freire”, comprometida com a construção da “escola pública popular e democrática”, com qualidade social. “Mudar a cara da escola”, como dizia Paulo Freire, de modo coloquial, em uma perspectiva democrática e participativa, implicou viabilizar o projeto político pedagógico de sua gestão por meio de duas linhas de ação: a reorientação curricular e a formação permanente dos educadores. Esse texto propõe-se a demonstrar os pressupostos e a prática dessa proposta ousada e radical de Paulo Freire, na educação pública da cidade de São Paulo. Na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo desenvolve-se, no âmbito da Cátedra Paulo Freire, um espaço acadêmico para pesquisar e reinventar o legado freireano, uma pesquisa que visa a investigar a influência e recriação do legado de Paulo Freire nos sistemas públicos de ensino a partir da década de 90. Os resultados dessa investigação têm demonstrado que a construção da escola pública popular e democrática é um paradigma inspirador de políticas de educação de várias redes de ensino comprometidas com a educação crítico-emancipadora.
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    Educação não-formal: diálogos com a educação popular em Freire - o caso do grupo de leigos católicos Igreja Nova
    (Universidade Federal de Pernambuco, 2016-11-21) Gomes, Marineide Pereira; Silva, Yanatasha Fernandes Ferreira da; Silva, André Gustavo Ferreira da
    Numa busca de ampliarmos o nosso conhecimento para além das práticas de ensino institucionalizadas, investigamos a educação não-formal estabelecendo diálogos com a educação popular em Paulo Freire, utilizando como espaço empírico o Grupo de Leigos Católicos Igreja Nova. Realizamos uma coleta de dados no Jornal Igreja Nova, produzido pelo grupo, fazendo um recorte histórico do período de agosto de 1991 a dezembro 1995, buscando identificar três elementos de representação freiriana – diálogo, conscientização e libertação. A presença desses elementos no material coletado nos fez perceber a relação entre educação não-formal e educação popular proposta por Freire no espaço estudado, visto que, em ambas, há uma perspectiva dialética educação-conscientização onde a promoção do diálogo se constrói num processo que movimenta a consciência gerando a prática para liberdade.
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    O pensamento de Paulo Freire na trajetória da educação popular
    (Revista Educação em Perspectiva, 2011-07) Maciel, Karen de Fátima
    Este artigo investiga as principais contribuições do educador e militante Paulo Freire na história da Educação Popular no Brasil. Freire influencia diretamente o campo teórico-metodológico-epistemológico da Educação ao fomentar a questão política da educação. Pauta-se na cultura popular como elemento fundamental para emancipação da classe trabalhadora. Por entender as classes populares como detentoras de um saber não valorizado e excluídas do conhecimento historicamente acumulado pela sociedade, mostra-se, neste trabalho, a relevância de se construir uma educação a partir do conhecimento do povo e com o povo, provocando uma leitura da realidade na ótica do oprimido que ultrapassa as fronteiras das letras e se constitui nas relações históricas e sociais. Refletir-se-á sobre a importância do seu pensamento na construção de uma teoria pedagógica libertadora, que se faz primordial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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    Educação crítica e educação popular: um diálogo (norte-sul) entre comadres
    (Revista Pedagógica, 2013-01) Mello, Marco
    Este artigo faz uma caracterização de duas vertentes do pensamento crítico em educação: a educação popular, desde a referência pioneira de Paulo Freire, e a educação crítica, no qual se destaca a obra do educador, pesquisador e ativista estadunidense Michael Apple. Historicizo essas perspectivas e faço uma análise apontando aproximações filosóficas, epistemológicas e políticas entre elas e as histórias de vida dos autores, sem deixar de indicar alguns dos principais traços distintivos entre si. Concluo apontando algumas tensões e desafios teórico-práticos para os pesquisadores e ativistas sociais que reconhecem a fecundidade das aproximações de filiações teóricas de caráter crítico e contra-hegemônico.
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    Paulo Freire e revivificação da Educação Popular
    (Revista Educação, 2010-05) Ghiggi, Gomercindo
    O presente texto busca (re) descobrir categorias freirianas para destacar a distinção que adquire a Educação Popular, refletindo-as ante as denominadas instabilidades epistemológicas e políticas do nosso tempo. Para tanto, proponho partir de um princípio: Freire é uma boa referência para revivificar a Educação Popular. Premissa aceita, a tarefa é destacar categorias com as quais Freire reforça e amplia a natureza da Educação Popular. Os desafios do nosso tempo, apresentados à educação, aparecem como balizas, tanto para pautar a seleção das categorias, como para refleti-las à luz do que está posto à educação em geral e, particularmente, à escola como situação-limite, ante os exigentes desdobramentos que decorrem, particularmente, em relação à transformação social. Das estratégias de abordagem aqui eleitas, brotam achados. Freire foi um homem que acreditou profundamente no ser humano. Inconclusos, homens e mulheres podem ser sujeitos da história. Para dar conta de tal tarefa, Freire tornou-se pensador que viveu marcado pela coerência política postada a favor dos oprimidos, coerência esta pautada pela capacidade de sonhar e ter esperança, a partir do que é possível entender como atitudes de resistência que ajudou a construir no Brasil e no exterior. Freire depositou crença profunda (não exclusiva ou messiânica) na capacidade do povo de educar-se (preparar-se) e transformar a realidade, e aplicou os conhecimentos de que dispunha para alfabetizar gente, particularmente para ajudar pessoas a lerem e a escreverem o mundo. A tarefa, então, é ensaiar respostas à seguinte questão: por que Freire para revivificar Educação Popular?
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    En la práctica de la práctica... tu y yo en la educación popular
    (2015-03-12) Pep, Aparicio Guadas
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    Ações empreendiedas na Educação de Jovens e Adultos em Angicos: 50 anos depois das 40 horas
    (IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Gurgel, Rita Diana de Freitas; Araújo, Éder Jofre Marinho
    No ano de 2013 comemorou-se o cinquentenário das “40 horas de Angicos”, experiência pioneira de alfabetização de adultos, empreendida pelo educador Paulo Freire, que em 1963 alfabetizou 300 agricultores da região semiárida do Rio Grande do Norte. O trabalho de Freire, que se insere num contexto de campanhas e projetos de combate ao analfabetismo no Brasil no século XX, assumiu papel de destaque dentre os movimentos de grande envergadura no campo da Educação de Jovens e Adultos e de Educação Popular em função da sua proposta pedagógica que aliava a alfabetização à politização dos sujeitos. De meados do século XX aos nossos dias, campanhas, projetos e programas se sucederam, sem atingir os objetivos a que se propuseram. As razões para o insucesso são explicitadas em função de fatores econômicos, políticos ou sociais, o que nos dá a impressão de uma inércia, fruto de uma impotência ou vontade política do Estado brasileiro em mudar a realidade neste campo. Passados 50 anos da ação de Freire, Angicos possui índice estimado de analfabetismo da ordem 26,34%, o que corresponde, em números absolutos, a mais de 3000 habitantes! Neste trabalho, discorremos acerca dos esforços empreendidos pela Secretaria Municipal de Educação, pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEEC/RN) e pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), pela ocasião da assinatura do Pacto Paulo Freire pela EJA, em 2013.