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    Intercultura e Educação
    (2004) Fleuri, Reinaldo Matias
    A intercultura refere-se a um complexo campo de debate entre as variadas concepções e proposta que enfrentam a questão da relação entre processos identitários socioculturais diferentes, focalizando especificamente a possibilidade de respeitar as diferenças e de integrá-las em uma unidade que não as anule. A intercultura vem se configurando como uma nova perspectiva epistemológica, ao mesmo tempo que um objeto de estudo interdisciplinar e transversal, no sentido de tematizar e teorizar a complexidade (para além da pluralidade ou da diversidade) e a ambivalência ou o hibridismo (para além da reciprocidade ou da evolução linear) dos processos de elaboração de significados nas relações intergrupais e intersubetivas, constitutivos de campos identitários em termos de etnias, de gerações, de gênero, de ação social. A partir de diferentes percursos e concepções teórico-metodológicas, desenvolvidos na América do Norte, na Europa, na América Latina, a problemática vem interpelando o campo da educação no Brasil, que vem respondendo com estudos e propostas no campo da educação indígena, das políticas afirmativas das minorias étnicas, dos processos de inclusão social de pessoas portadoras de necessidades especiais, dos movimentos de gênero, da valorização das culturas infantis, dos movimentos de pessoas de terceira idade. Os mais recentes trabalhos de pesquisa (apresentados em 2002, na 25ª Reunião da ANPEd), descortinam novas perspectivas de compreensão das diferenças e das identidades culturais no campo das práticas educativas. Para além de uma compreensão rígida, hierarquizante, disciplinar, normalizadora da diversidade cultural, emerge o campo híbrido, fluído, polissêmico, ao mesmo tempo trágico e promissor da diferença, que se constitui nos entrelugares e nos entreolhares das enunciações de diferentes sujeitos e identidades socioculturais. Neste contexto, a educação passa a ser entendida como o processo construído pela relação tensa e intensa entre diferentes sujeitos, criando contextos interativos que, justamente por se conectar dinamicamente com os variados contextos culturais em relação aos quais os diferentes sujeitos desenvolvem suas respectivas identidades, se torna um ambiente criativo e propriamente formativo.
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    Diálogo Intertranscultural
    (Instituto Paulo Freire - Portugal./ IV Encontro Internacional Fórum Paulo Freire, 2004) Padilha, Paulo Roberto
    Este artigo discute a importância do diálogo intertranscultural para a construção de uma educação cidadã emancipatória. Para tanto, aprofunda a reflexão sobre o significado de currículo intertranscultural e sua relação com a educação intercultural. Sugere, ainda, a superação da histórica dicotomia entre monoculturalismo e multiculturalismo e mostra a necessidade do aprofundamento do debate sobre a mesma. Por outro lado, mostra que os contextos culturais geram, por suas vez, meta-contextos, que são resultado dos enfrentamentos, dos conflitos e das aproximações pessoais, interpessoais e grupais. Resgata a proposta freiriana dos "círculos de cultura" enquanto recriação comunicativa e espaço privilegiado para o enfrentamento dos desafios e dos paradoxos surgidos no processo educacional dialógico e mostra que o currículo intertranscultural se constitui justamente no reconhecimento dos valores coincidentes, das diferenças, das particularidades e das universidades existentes nas diferentes culturas.