De Novo Sobre a necessidade de pintar gatos multicolores

Abstract

Sendo o diálogo uma exigência existencial mediatizada pelo mundo, situando-se, por isso, para lá da simples troca de ideias, que possibilidade existe para <se dizer a palavra verdadeira> a palavra que busca <a significação dos significados>, sem o privilégio de algumas pessoas, grupos ou comunidades? Como pode uma educadora dialógica ou um educador dialógico <actuar coerentemente numa estrutura que nega o diálogo>? Para Paulo Freire a possibilidade pode estar no <dialogar sobre a negação do próprio diálogo> proporcionando-nos deste modo (embora não propositadamente), uma chave de leitura para entendermos melhor a dificuldade universitária em lidar com envolvimentos culturais diferenciados. Daqui a necessidade, no seguimento de uma anterior reflexão, de <pintar gatos multicolores>, gesto radical exigido por uma educação para a liberdade que fundamenta o projecto da pedagogia do oprimido e da esperança.