Acervo Educador Paulo Freire
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Item Encontro de Gutiérrez e Freire na perspectiva dos princípios eco-vitais(2004) Keim, Ernesto JacobEste texto é decorrente dos debates realizados junto ao Grupo de Pesquisa EDUCOGITANS. Trata de uma discussão referente a pontos que se identificam com a questão da planetaridade e do compromisso radical com a vida, assumida por Paulo Freire e Francisco Gutiérrez em suas obras literárias. Os princípios Eco-vitais e a natureza do homo como ser bio-psico-socio-histórico e unictário são os aspectos desenvolvidos pelo autor deste artigo para dialogar com as obras referidas. Este texto foi apresentado no IV Encontre Internacional do Fórum Paulo Freire, ocorrido em setembro de 2004 na cidade do Porto PT, depois de ter sido discutido e aprovado pelos integrantes do grupo de pesquisa já referido. Este diálogo pretende ressaltar a importância da Ecopedagogia como uma perspectiva pedagógico-didática para se incorporar nas atividades educativas a ética na perspectiva da planetaridade. Este texto pretende também mostrar uma perspectiva, ontológica e política inerente à discussão ambiental.Item Pedagogia antropocêntrica versus ecopedagogia: a ruptura necessária para uma educação libertadora(IX Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, 2014-09) Carola, Carlos RenatoEste estudo problematiza a prática da pedagogia antropocêntrica e propõe o paradigma da ecopedagogia como práxis libertadora. Apresenta uma reflexão sobre o sentido da crise socioambiental na sociedade contemporânea e aponta algumas coordenadas conceituais para enfrentar a “caixa de pandora” aberta pelo espírito capitalista moderno. No contexto do Renascimento Europeu, começa a se edificar uma nova visão de mundo a partir da teoria heliocêntrica; surgem os fundamentos capilares da ciência antropocêntrica moderna. No século XVIII, o movimento iluminista foi fundamental para enfrentar as forças da tirania e da opressão, mas a maioria de seus filósofos depositou suas utopias no desenvolvimento da ciência e tecnologia, no progresso econômico e civilizatório. A partir do século XIX, o capitalismo se tornou o sistema socioeconômico dominante, com poder de exploração e devastação ambiental em escala planetária. No ambiente cultural da sociedade capitalista, a condição humana se modelou sob os imperativos da pedagogia antropocêntrica e o dispositivo da servidão voluntária. Com o desenvolvimento científico e tecnológico, e os mecanismos do antropocentrismo e da servidão, a sociedade moderna impôs uma “solução final” para os povos indígenas, para os ecossistemas naturais e os animais não humanos. A ecopedagogia como práxis libertadora pode se constituir numa pedagogia fundamental para a conscientização ecológica e formação de novos sujeitos.