Acervo Educador Paulo Freire
URI permanente desta comunidadehttps://acervo.paulofreire.org/handle/7891/4
Navegar
1 resultados
Resultados da Pesquisa
Item A conectividade como categoria antropológica de Paulo Freire(2004) Mafra, Jason FerreiraTrata-se de um estudo sobre a "conectividade" como categoria essencial da vida e da obra de Paulo Freire. Por esse trabalho, propõe-se equacionar duas questões: a) como esse conceito se constituiu na categoria antropológica mais fundante da história desse educador; b) de que forma, a partir dela, emergiam a epistemologia e o ideário ético-filosófico freirianos. Muitos trabalhos são dedicados a Freire, destacando ora uma categoria de conhecimento, ora um recorte humanístico-existencial. Porém, não há nenhu estudo que dê conta de uma explicação integradora da vida e da obra de Freire, incorporando os diversos matizes de sua existência teórico-prática. Explicar essa integração e conectividade de que dela emana é o objetivo geral desse estudo. Em linhas gerais, essa ideia nos remete a uma condição permanente de atenção (conectividade) de Freire sobre a realidade em que o ser humano está mergulhado. Para ele, a condição conectiva, em termos antropológicos, significa uma atitude perene com a construção das representações do mundo em três grandes aspectos: o epistemológico, o axiológico e o ontológico. Em se tratando do campo e da complexidade do seu conhecimento, Freire é, muitas vezes, mencionado como pensador eclético, heterodoxo etc. ua produção, estimada em mais de 50 obras, incluindo as co-autorias, resulta de uma composição de variados campos do saber e das contribuições de muitos autores. Sem o sectarismo de filiar-se a esta ou aquela corrente, mas mantendo uma perene radicalidade crítica em seu pensamento, Freire percorre inúmeras áreas da epistemologia das ciências sociais para construir sua teoria do conhecimento. Não desvinculando teoria educacional de prática educacional, faz de suas idéias ações políticas comprometidas com um fim político claro, transformar as situações de opressão em situações de libertação. Essa postura frente a ciência (teoria) e a vida (prática), introduziu, no campo da educação, uma nova maneira de produzir saberes e de educar, aglutinando uma significativa comunidade de educadores no mundo, em torno do que poderíamos chamar de paradigma freiriano.