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Item L'alphabétisation et le <>(Perspectives, 1976) Freire, Paulo"Há uma crença ingénua, mais ou menos generalizada, no poder da educação institucionalizada como alavanca para a transformação da realidade, uma crença ingénua que alguns dos meus críticos afirmam que eu partilho.."Item L'Education en vue de la liberation(Sommaire: Mensuel, 1975-07) Freire, Paulo"Geneve (SOEPI) - É fácil de compreender que, para um homem que está habituado a falar em vez de escrever e que tem formação para ensinar filosofia na universidade, é difícil limitar-se a algumas reflexões sobre um tema tão abrangente. Peço, portanto, ao leitor que considere este artigo como uma entrevista e que me perdoe se repito aqui o que já disse noutro lugar. Vou tentar clarificar e desenvolver o argumento que apresentei anteriormente, não de uma forma sistemática mas respondendo às questões levantadas pelo próprio sujeito e tratando-as pela ordem em que me vêm à cabeça. Vou começar com uma observação negativa. Não acredito que os sistemas de educação institucional possam ser utilizados como alavanca de libertação. A ligação entre educação e política não deve ser negligenciada. Seria não só irrealista, mas também perigoso tentar quebrá-lo. Seria não só irrealista, mas também perigoso tentar quebrá-lo. Desvinculá-lo do poder que o estabelece, desprendê-lo da realidade que o alimenta, é reduzir a ideação ao reino das ideias e valores abstractos, e reduzi-lo ao reino do e valores abstractos e, por outro lado, condená-lo a ser o repositório de comportamentos fixos. Não é a educação que, de certa forma, molda a sociedade, mas a sociedade que, tendo sido formada e orientada de certa forma, institui um sistema educativo de acordo com os valores que a orientam. Isto não é necessariamente um processo mecânico; as pessoas crescem de formas diferentes e nem todas as sociedades são iguais. Mas uma sociedade que molda o seu sistema educativo de acordo com os desejos dos que estão no poder encontra na educação um meio de preservar esse poder. O poder que cria um sistema educativo à sua própria imagem nunca permitirá que a educação seja utilizada contra ele. Por conseguinte, nunca poderá haver uma transformação radical do sistema educativo até que a própria sociedade se transforme."Item Education, liberation and the church(Study Encounter, 1973) Freire, Paulo"O pensamento de Paulo Freire, um educador brasileiro que se tornou conhecido pela primeira vez pelo seu novo e surpreendente conceito de formação em alfabetização, está a ser amplamente discutido em todo o mundo. Desde 1969, consultor especial do Gabinete de Educação do CMI, ele aqui vira a sua atenção para as oportunidades e perigos peculiares das igrejas na educação. O artigo, originalmente escrito em português como introdução substancial a um volume de análises da educação em diferentes países da América Latina, foi traduzido por William Bloom com a ajuda de Esther Meyer, Helen Mackintosh e Helen Franco."Item Develoment and Educational demands(Herder and Herder, 1970) Freire, Paulo"Discutir o desenvolvimento e as suas relações com as exigências educacionais implica algumas considerações anteriores. Em primeiro lugar, penso que é necessário reconhecer duas principais formas diferentes de transformação económica que as sociedades podem sofrer, de acordo com o ponto de decisão da própria transformação Por um lado, temos mudanças em que o ponto de decisão está fora da sociedade: por outro, ele muda cujo ponto de decisão está dentro da sociedade. No primeiro caso, a sociedade é o mero objeto de outro ou de outros; é em língua hegeliana, um "ser para outro"; na segunda hipótese, a sociedade age como um sujeito ou um "ser para si próprio". Modernização e nome de desenvolvimento, respectivamente, estes dois diferentes processos de mudança."