Paulo Freire: utopia, educação e emancipação

Data
2008-09
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VI Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire
Resumo
Em Freire, a perspectiva utópica permite a compreensão da história enquanto movimento, dialética, eterno devir, possibilitando ao educando a descoberta de um novo mundo, desvendando a realidade mitificada pela retórica de um mercado globalizado e avassalador. A Utopia (considerada também como sinônimo de esperança), pode ser entendida, dentre as várias categorias encontradas no pensamento de Paulo Freire que possibilitam a viabilização de uma práxis libertadora, como algo que está sempre correlacionado às várias dimensões do ser humano. Entendemos que a mesma torna-se insubstituível para sustentar uma condição antropológica que não esteja submetida aos determinismos do neoliberalismo que se impõe mundialmente em diversas áreas, conseqüentemente também no campo educacional. Os determinismos e os sectarismos implícitos nas práticas pedagógicas que visam somente a preparação e adaptação dos educandos a prática laboral e, às demandas de um mercado de trabalho injusto e excludente dentro das dinâmicas competitivas e da concorrência, limitam as perspectivas de existência destes ao âmbito econômico e impedem o desenvolvimento do ser humano em sua totalidade. Os sonhos e esperanças daqueles que buscam na educação uma forma de emancipação são rechaçados por uma ideologia determinista, condicionada pelo sistema neoliberal. Repensar a educação a partir da Utopia implica numa atitude de re-significar a práxis educativa na tentativa de compreender o ser humano em seu contexto existencial – cultural, social, político e econômico - para indicar as possibilidades de emancipação deste numa prática que ultrapasse a condição histórica determinista.
Descrição
Palavras-chave
::Educação
Citação
PEROZA, Juliano; SCHIFFER, Mônica Brunner
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